UFRJ, Campus da Praia vermelha. Reunidos no 1º Fórum de Mídia Livre, nos dias 14 e 15 de junho de 2008, mais de 300 jornalistas, professores e estudantes chegaram ao consenso de que é preciso expandir o raio de alcance das produções da mídia alternativa. Matéria de João Reis, da Redação do PET, junho de 2008. Leia mais...
A decisão é tomada num momento em que as ferramentas de comunicação são usadas por milhões de pessoas em todo o mundo, que não encontram, contudo, espaços institucionais representativos para veicular seu material. Atualmente, a única mídia que oferece esses espaços é a internet.
- Com a rede, muitos podem produzir para muitos. E todos os indivíduos são importantes, pois produzem de forma singular, criativa e barata. Por isso, devemos pensar em maneiras de expandir e massificar experiências radicais, valorizando não só o consenso, mas também o discenso – disse a diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes.
Em toda a América Latina, poucas empresas detêm quase que a totalidade das concessões públicas de televisão e rádio, prejudicando a diversidade informativa e afirmando a posição hegemônica das elites. Durante o Fórum, os participantes enfatizaram que é preciso identificar os inimigos na empreitada pela democratização dos meios de comunicação.
- Nossa grande riqueza é nossa produção diversificada, que é ameaçada pelo oligopólio da informação que existe no Brasil. Este encontro é o momento de pensar quem são nossos adversários, do ponto de vista da comunicação. – afirmou Renato Rovais, da Revista Fórum.
A união, sem a quebra das diferenças, foi a estratégias mais citada pelos midiativistas para que uma mobilização em larga escala possa abalar o sistema de comunicação vigente. Para isso, devem ser propostas linhas de ação em comum, que venham a expandir o campo de atuação de produtores independentes e das mídias livres.
As produções livres, que não estão presas a direitos autorais ou possuem licenças flexíveis, estão cada vez mais em evidência devido à maior acessibilidade a tecnologias de comunicação. Mas, mesmo assim, ainda são excluídas pelos grandes agenciadores da informação, que estão por trás de muitas das mazelas sociais brasileiras e da América Latina.
- Precisamos reconhecer que vivemos numa sociedade injusta e que essa injustiça é representada pelo oligopólio da comunicação no Brasil e na América Latina. Para isso, temos que gerar políticas que permitam a democratização da comunicação – disse o jornalista Gustavo Gindre, do Intervozes.
Segundo Dario Pignotti, também jornalista, as grandes famílias que controlam as mídias latino-americanas estão se articulando com forças externas para estabelecer uma nova ordem em termos de comunicação.
- A descentralização das mídias depende da perda da inocência das pessoas quanto ao poder exercido por essas forças. Mas isso pode custar caro. Pois desafiar o poder sempre gera conflitos e mortes. – alertou Pignotti.
A luta pela recuperação da palavra crítica e a democratização da informação, que passa pelo fortalecimento da mídia alternativa, não é apenas brasileira ou latino-americana. Segundo Joaquim Palhares, um dos principais articuladores do Fórum, o mundo todo vivencia uma barbárie da desinformação.
- A globalização provocou uma mundialização de métodos que se calcam na retórica da mídia. Por isso, a luta é também internacional, contra poderes políticos ligados ao Grande Capital financeiro.
Perguntado sobre as ações que o Fórum promoverá em nível prático, já que, muitas vezes, as discussões ficam apenas no papel, Palhares afirmou que documentos serão redigidos durante o evento e enviados à Brasília.
- Os relatórios serão entregues ao presidente da República, do Congresso Nacional, do TCU (tribunal de Contas da União) e STF (Superior Tribunal Federal). Esperamos que isso possa gerar uma repercussão.
- Com a rede, muitos podem produzir para muitos. E todos os indivíduos são importantes, pois produzem de forma singular, criativa e barata. Por isso, devemos pensar em maneiras de expandir e massificar experiências radicais, valorizando não só o consenso, mas também o discenso – disse a diretora da Escola de Comunicação da UFRJ, Ivana Bentes.
Em toda a América Latina, poucas empresas detêm quase que a totalidade das concessões públicas de televisão e rádio, prejudicando a diversidade informativa e afirmando a posição hegemônica das elites. Durante o Fórum, os participantes enfatizaram que é preciso identificar os inimigos na empreitada pela democratização dos meios de comunicação.
- Nossa grande riqueza é nossa produção diversificada, que é ameaçada pelo oligopólio da informação que existe no Brasil. Este encontro é o momento de pensar quem são nossos adversários, do ponto de vista da comunicação. – afirmou Renato Rovais, da Revista Fórum.
A união, sem a quebra das diferenças, foi a estratégias mais citada pelos midiativistas para que uma mobilização em larga escala possa abalar o sistema de comunicação vigente. Para isso, devem ser propostas linhas de ação em comum, que venham a expandir o campo de atuação de produtores independentes e das mídias livres.
As produções livres, que não estão presas a direitos autorais ou possuem licenças flexíveis, estão cada vez mais em evidência devido à maior acessibilidade a tecnologias de comunicação. Mas, mesmo assim, ainda são excluídas pelos grandes agenciadores da informação, que estão por trás de muitas das mazelas sociais brasileiras e da América Latina.
- Precisamos reconhecer que vivemos numa sociedade injusta e que essa injustiça é representada pelo oligopólio da comunicação no Brasil e na América Latina. Para isso, temos que gerar políticas que permitam a democratização da comunicação – disse o jornalista Gustavo Gindre, do Intervozes.
Segundo Dario Pignotti, também jornalista, as grandes famílias que controlam as mídias latino-americanas estão se articulando com forças externas para estabelecer uma nova ordem em termos de comunicação.
- A descentralização das mídias depende da perda da inocência das pessoas quanto ao poder exercido por essas forças. Mas isso pode custar caro. Pois desafiar o poder sempre gera conflitos e mortes. – alertou Pignotti.
A luta pela recuperação da palavra crítica e a democratização da informação, que passa pelo fortalecimento da mídia alternativa, não é apenas brasileira ou latino-americana. Segundo Joaquim Palhares, um dos principais articuladores do Fórum, o mundo todo vivencia uma barbárie da desinformação.
- A globalização provocou uma mundialização de métodos que se calcam na retórica da mídia. Por isso, a luta é também internacional, contra poderes políticos ligados ao Grande Capital financeiro.
Perguntado sobre as ações que o Fórum promoverá em nível prático, já que, muitas vezes, as discussões ficam apenas no papel, Palhares afirmou que documentos serão redigidos durante o evento e enviados à Brasília.
- Os relatórios serão entregues ao presidente da República, do Congresso Nacional, do TCU (tribunal de Contas da União) e STF (Superior Tribunal Federal). Esperamos que isso possa gerar uma repercussão.
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